terça-feira, 22 de janeiro de 2008

ProJovem forma sua primeira turma em Contagem

No próximo dia 18 de janeiro, 250 jovens participantes do Programa Nacional de Inclusão de Jovens: Educação, Qualificação e Ação Comunitária – ProJovem em Contagem concluirão os cursos de Turismo e Hospitalidade, Administração e Vestuário. Projeto do Governo Federal, o ProJovem foi implantado em Contagem em 2006 e como objetivo oferecer formação integral ao jovem.

Elevação da escolaridade, qualificação profissional e desenvolvimento de ações comunitárias de interesse público são alguns dos benefícios do Projovem. Destinado a jovens de 18 a 24 anos que terminaram a quarta série, mas não concluíram a oitava série do Ensino Fundamental, o Programa é realizado por meio de cursos desenvolvidos em 12 meses que incluem disciplinas do ensino fundamental, aulas de inglês e informática, aprendizado de uma profissão, além de atividades sociais e comunitárias de forma integrada.

Em Contagem, o Programa já inseriu cerca de 300 jovens no mercado de trabalho com carteira assinada. Mas segundo o Secretário Adjunto do Trabalho e Desenvolvimento Social, Márcio Guglielmone, o projeto é mais abrangente. “O ProJovem é interessante porque não cumpre somente o papel de incluí-los no mercado. Ele promove o protagonismo juvenil na comunidade. Os jovens que participaram dos cursos tiveram de prestar 125 horas de serviço comunitário voluntário. E também há uma motivação pela elevação de escolaridade”, completou.

Em 2008, haverá uma ampliação do ProJovem no município, que passará a abranger outros programas do Governo Federal destinados à juventude. Além do ProJovem Urbano, que já está sendo realizado na cidade, com duração de 12 meses, será oferecido o ProJovem Trabalhador, cursado em cinco meses, que passará a englobar o Juventude Cidadã. O Agente Jovem, destinado a pessoas de 15 a 17 anos que estejam em situação de vulnerabilidade e risco pessoal e social, se tornará ProJovem Adolescente, com duração de dois anos. Além disso, no ProJovem Adolescente, a família recebe, através do Bolsa Família, uma contribuição mensal de R$ 30,00. Mais informações pelo telefone 0800 722 7777.

Contagem terá Centro Público para formação de empreendedores

Já estão em fase final as obras para instalação do Centro Público de Economia Solidária de Contagem. Localizado no bairro Água Branca, onde já funcionou um mercado distrital, o Centro será instalado em um espaço de 3.000 metros quadrados, com 1.750 de área construída. O local possui 26 lojas e dois galpões, e para sua recuperação a Prefeitura investiu R$ 700 mil.

O Centro Público de Economia Solidária é um novo modelo de desenvolvimento sustentável. O local destina-se à articulação de políticas públicas de crescimento econômico, organização de trabalhadores desempregados que estão inseridos nos programas sociais e valorização do trabalho com foco na distribuição de renda e geração de oportunidades. A instalação do espaço é uma conquista da Prefeitura, que buscou apoio junto ao Governo Federal nos Ministérios do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), das Comunicações e do Trabalho e Emprego (MTE).

Com a reforma, serão implantados laboratórios de tecnologia social para os cursos de qualificação profissional e formação em socioeconomia, espaço de comercialização dos produtos e serviços dos empreendimentos econômicos solidários e banco de alimentos, armazém da roça (com produtos dos agricultores de Contagem). O espaço abrigará, ainda, telecentro, sala multimeios para debates sobre o mundo do trabalho e direitos do cidadão. Os beneficiados também participarão de rodas de negócios, terão assessoria para micro-crédito popular e intermediação de mão de obra através da Central de Autônomos e Ações Municipais de Empregos e Serviços (AMES).

O objetivo da iniciativa é formar empreendimentos econômicos solidários que consigam adquirir auto-sustentabilidade. Como ponto de articulação, o Centro relaciona-se com os programas e projetos que compõem as políticas sociais já existentes no município. Dentro das Políticas de Economia Solidária da Prefeitura, várias pessoas já vêm sendo beneficiadas em áreas como aproveitamento de madeira, tempero, alimentação, artesanato e confecção. “Já acompanhamos 100 grupos há mais de três anos. Cinco cooperativas já se constituíram como empresas e receberão o CNPJ”, contou o Secretário Adjunto de Trabalho e Desenvolvimento Social, Márcio Guglielmone.

Um dos beneficiados pela Economia Solidária é o artesão Silvano Silva Soares, de 32 anos. No programa desde o início de 2007, ele já se prepara para se constituir como empresa. “Eu e alguns amigos montamos uma cooperativa de artesanato em geral, confecção e alimentação. Para quem está começando, é uma grande oportunidade poder participar do projeto”, contou. Com a inauguração do Centro ele acredita que sua demanda por trabalho aumente, já que terá mais um espaço para comercializar seus produtos. “Além disso, teremos um espaço maior para produzir. É uma grande iniciativa por parte da Prefeitura para que possamos dar prosseguimento no nosso trabalho”, comemorou.

Em Belo Horizonte, a iniciativa está sendo positiva. Implementado em 2005, o Centro Público de Economia Solidária já é uma referência para aqueles que buscam formação. Segundo a coordenadora executiva do Centro, Maria Lúcia Silva, a experiência tem avançado todos os anos, alcançando resultados positivos. “Temos aprimorado os serviços oferecidos ao público. Disponibilizamos atividades relacionadas à sustentabilidade, meio ambiente, formativas, oficinas de artesanato, atendimento especializado para inserção dos participantes nos grupos, entre outras. Também temos atividades permanentes, realizadas em parceria, como curso preparatório para o vestibular e Educação de Jovens e Adultos (EJA)”, ressaltou.

Caminhada pelo Industrial possibilita ver mudanças pela cidade

No último sábado, dia 19, a prefeita Marília Campos visitou várias obras na região do bairro Industrial. A caminhada teve início na Vila Presidente Vargas e terminou na avenida Régulos, no bairro Jardim Riacho.

O objetivo da atividade foi ver o andamento das obras e ouvir os moradores da região. Para a prefeita, é essencial terminar as intervenções já iniciadas. “Não adianta começar várias obras e não terminar os trabalhos”, disse.

Na Vila Presidente Vargas, graças ao Orçamento Participativo (OP), está sendo possível a pavimentação e drenagem das ruas Horto Florestal e Soreano de Souza. O investimento é R$ 160 mil e de acordo com a presidente da Associação dos Moradores, Gessi Vicência de Paula Lopes (D. Zozó), de 58 anos, a obra é uma reivindicação antiga dos moradores. “Tempos atrás aqui era só buraco. Era um lugar que a gente corria perigo, pois só tinha mato. As crianças também adoeciam muito por causa da poeira. Espero essa obra há 42 anos, quando vim morar aqui”, contou.

Outras obras que estão sendo viabilizadas pelo OP são as de contenção das encostas e recuperação de uma via de acesso que desmoronou na Vila Pedreira Santa Rita, também no Industrial. Já foram investidos R$ 400 mil e, segundo o Coordenador do Orçamento Participativo, Gildete Martins, está prevista a assinatura de uma ordem de serviço para a construção de uma escadaria para facilitar o deslocamento. Morador da Vila há 18 anos, o vigia Mateus Jorge Ferreira, de 55 anos, comemora as melhorias. “Estou achando ótimas as obras. Assim acaba o risco de vida. Em tempo de chuva, a gente tinha que sair correndo, porque os barrancos desciam mesmo”, lembrou.

No bairro Bandeirantes, o OP possibilitou a desobstrução da rua Paes Leme com Monsenhor Messias. Com a obra, melhorou o acesso dos moradores ao bairro Flamengo. Já na Vila do bairro foi realizada uma obra de contenção da área de risco. O investimento de R$ 150 mil foi comemorado pelo lavador de carros Ronaldo Viana Dias, de 38 anos, que possui uma casa às margens da obra. “Ficou ótimo. Antes tinha deslizamento de terra e muita água parada”.

A caminha terminou na avenida Régulos, no Jardim Riacho, por onde passa um córrego. De acordo com o Secretário de Obras, José do Carmo Dias, a pista estava caindo. “Havia uma canalização que estava toda corroída. Isso fazia com que as águas das chuvas penetrassem por baixo e jogassem a pista no chão. Então fizemos uma recomposição da pista”, esclareceu.

Moradores comemoram recuperação da Praça das Bandeiras

A comunidade do bairro Bandeirantes recebeu, no último sábado, dia 19, a Praça das Bandeiras, que passou por um processo de recuperação. O local teve todos os seus espaços requalificados, ganhou nova pintura, recuperação de passeios e novo projeto paisagístico. Foram instalados 26 novos bancos, mesas para jogos, barras de apoio para alongamento e um play ground. Ao todo foram investidos R$ 85 mil.

Com a reforma, a população ganha mais uma alternativa de lazer. “A praça é um lugar que possibilita o encontro das pessoas. Em cada canto da cidade estamos fazendo uma obra para a melhoria da qualidade de vida da população”, contou a prefeita de Contagem, Marília Campos. A prefeita disse, ainda, que há muito a se fazer, mas cada obra tem seu tempo para execução. “O que realizamos tem de ser bem feito. Para isso, temos de conhecer o problema, discutindo com os moradores as soluções. E para podermos fazer, precisamos planejar e buscar recursos junto aos governos federal e estadual”, esclareceu.

A gestora da Fundação de Parques e Áreas Verdes, Célia Cristina Zatti, disse que, assim como a Praça das Bandeiras é importante para o Bandeirantes, todos os bairros da cidade têm pelo menos uma praça importante para seus moradores. “A prefeita quer que reformemos todas elas. Para isso foi criada a Fundação de Praças e Áreas Verdes – Comparque, que vai cuidar da recuperação de jardins e da arborização da cidade. Mas como há muitas outras obras a serem realizadas e os recursos são escassos, pedimos que todos nos ajudem a conservar esse espaço público para que tenhamos condição de reformar outros”, pediu.

Morador do bairro há 30 anos, o aposentado Manoel Lopes Cardoso, de 89 anos, ficou satisfeito com a reforma. “O local era muito feio, com capim alto. Foi feita outra praça”, comemorou Manoel. Durante a cerimônia de entrega da Praça das Bandeiras, foi realizada uma cerimônia ecumênica pelo padre diocesano da Paróquia Santo Agostinho, João Louzada, e pelo pastor da Igreja Betel do Flamengo, Clébio Torres. Também foram homenageadas as moradoras mais antigas do bairro, Raimunda Maria de Jesus, 79 anos, e Emília Portes da Costa, 71 anos, que vivem no Bandeirantes há quase 50 anos.

O evento também contou com as presenças do Secretário de Obras, José do Carmo Dias; do Vice-presidente da Associação do bairro Bandeirantes, Jorge Pereira; do Administrador da Regional Industrial, Eustáquio Marinho, entre outras autoridades.