terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Contagem terá Centro Público para formação de empreendedores

Já estão em fase final as obras para instalação do Centro Público de Economia Solidária de Contagem. Localizado no bairro Água Branca, onde já funcionou um mercado distrital, o Centro será instalado em um espaço de 3.000 metros quadrados, com 1.750 de área construída. O local possui 26 lojas e dois galpões, e para sua recuperação a Prefeitura investiu R$ 700 mil.

O Centro Público de Economia Solidária é um novo modelo de desenvolvimento sustentável. O local destina-se à articulação de políticas públicas de crescimento econômico, organização de trabalhadores desempregados que estão inseridos nos programas sociais e valorização do trabalho com foco na distribuição de renda e geração de oportunidades. A instalação do espaço é uma conquista da Prefeitura, que buscou apoio junto ao Governo Federal nos Ministérios do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), das Comunicações e do Trabalho e Emprego (MTE).

Com a reforma, serão implantados laboratórios de tecnologia social para os cursos de qualificação profissional e formação em socioeconomia, espaço de comercialização dos produtos e serviços dos empreendimentos econômicos solidários e banco de alimentos, armazém da roça (com produtos dos agricultores de Contagem). O espaço abrigará, ainda, telecentro, sala multimeios para debates sobre o mundo do trabalho e direitos do cidadão. Os beneficiados também participarão de rodas de negócios, terão assessoria para micro-crédito popular e intermediação de mão de obra através da Central de Autônomos e Ações Municipais de Empregos e Serviços (AMES).

O objetivo da iniciativa é formar empreendimentos econômicos solidários que consigam adquirir auto-sustentabilidade. Como ponto de articulação, o Centro relaciona-se com os programas e projetos que compõem as políticas sociais já existentes no município. Dentro das Políticas de Economia Solidária da Prefeitura, várias pessoas já vêm sendo beneficiadas em áreas como aproveitamento de madeira, tempero, alimentação, artesanato e confecção. “Já acompanhamos 100 grupos há mais de três anos. Cinco cooperativas já se constituíram como empresas e receberão o CNPJ”, contou o Secretário Adjunto de Trabalho e Desenvolvimento Social, Márcio Guglielmone.

Um dos beneficiados pela Economia Solidária é o artesão Silvano Silva Soares, de 32 anos. No programa desde o início de 2007, ele já se prepara para se constituir como empresa. “Eu e alguns amigos montamos uma cooperativa de artesanato em geral, confecção e alimentação. Para quem está começando, é uma grande oportunidade poder participar do projeto”, contou. Com a inauguração do Centro ele acredita que sua demanda por trabalho aumente, já que terá mais um espaço para comercializar seus produtos. “Além disso, teremos um espaço maior para produzir. É uma grande iniciativa por parte da Prefeitura para que possamos dar prosseguimento no nosso trabalho”, comemorou.

Em Belo Horizonte, a iniciativa está sendo positiva. Implementado em 2005, o Centro Público de Economia Solidária já é uma referência para aqueles que buscam formação. Segundo a coordenadora executiva do Centro, Maria Lúcia Silva, a experiência tem avançado todos os anos, alcançando resultados positivos. “Temos aprimorado os serviços oferecidos ao público. Disponibilizamos atividades relacionadas à sustentabilidade, meio ambiente, formativas, oficinas de artesanato, atendimento especializado para inserção dos participantes nos grupos, entre outras. Também temos atividades permanentes, realizadas em parceria, como curso preparatório para o vestibular e Educação de Jovens e Adultos (EJA)”, ressaltou.

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